como todo ano, este blog dá uma parada em 20 de dezembro e retorna em 10 de janeiro.
a todos, um feliz natal e um maravilhoso 2013!
Ontem vi alguns destes livros "proscritos" da Rideel, entre eles A Cidade do Sol, sendo vendidos em máquinas dispostas em estações da Linha Amarela do Metrô de São Paulo com o sugestivo aviso "Pague quanto acha que vale" (com a ressalva de que a máquina não aceita moedas e nem dá troco). E fiquei pensando: E se eu comprasse o tal livro com uma nota falsa? Afinal, o livro também é uma fraude! Aliás, estas máquinas sempre têm coisas como livros com defeitos gráficos, livros "Folha Explica" defasados, livros da Ediouro com capas que parecem ser dos anos 80 e outras coisas do tipo.
Aliás, está errado dizer que eu teria iniciado a tradução direta do russo. Não iniciei, não. Já tinha ocorrido isso no começo da década de 1930, com uma coleção de uma editora com nome de Biblioteca de Autores Russos. Quem iniciou foi George Seltzoff.
Revista E, SESC, n. 161, aqui
O senhor chegou a ter alguma notícia do Georges Selzoff, da Bibliotheca de Auctores Russos?Conheci. Ele era amigo dos meus pais. (Pega um livro, Águas de Primavera, 1932.) Aqui está Georges Selzoff e Brito Broca, justamente baseado no princípio de um, que escreve em português, e o outro, que sabe russo.
Mas há outras obras que ele assina sozinho.Ele assinava sozinho mas não produzia sozinho.
Por exemplo, Um Jogador, de Dostoiévski. Bibliotheca de Auctores Russos. Agora, ele publicava e ele mesmo vendia.
De onde ele vem, o senhor se lembra?Ele vinha de Riga. Era de formação russa. É que em Riga, quando houve a Revolução, muitos fugiram da Rússia Soviética e ficaram nas proximidades. Muitos, certamente, esperavam que o regime comunista durasse pouco. Havia grandes núcleos de russos, principalmente em Riga. Eu o conheci pessoalmente. Quando eu tinha uns 10 anos, ele devia ter uns 35, 40.
Eu só consegui ver publicações dele de 1930 a 1933. Ele durou mais como tradutor?Não. Eu o encontrei depois, mas ele já não se ocupava mais disso. Financeiramente não teve muito retorno. É estranho, porque havia um interesse grande pela literatura russa e ele procurou aproveitar isso. Então,
conseguiu difundir os livros, mas ele não estava organizado como editor.
entrevista a gutemberg medeiros, revista usp, v. 75, nov. 2007, aqui
No Brasil se fez tradução direta do russo antes de mim. Houve um indivíduo chamado Iuri Zéltzov, assinava como Georges Selzoff, à maneira francesa, porque era mais chique. E ele fundou uma editora, a Bibliotheca de Auctores Russos. Agora, ele não sabia português suficiente. Então, ele se associou a dois escritores brasileiros, o Brito Broca e o... o... [estala o dedo] Às vezes o nome está na ponta da língua e não sai... e o Orígenes Lessa. Ficaram trabalhando pra ele. Ele ficava traduzindo do russo como podia, traduzindo pro português, e eles iam colocando num estilo aceitável.
entrevista a raquel cozer em 2010, relembrada em a biblioteca de raquel, aqui . ver também aqui
Autor: | Tolstoi, Lév. Nikolaevich, graf. 1828-1910. |
Título / Barra de autoria: | 'Khadji Murat'. |
Imprenta: | São Paulo [Edição Cultura] 1931. |
Descrição física: | 173 p. ilus. |
Notas: | Registro Pré-MARC |
Classificação Dewey: Edição: | 891.73 |
Indicação do Catálogo: | II-108,3,20 II-104,4,7 |
Autor: | Androev, Leonid Nikoaevich, 1871-1919. |
Título / Barra de autoria: | Judas Iscariotes. |
Imprenta: | São Paulo, G. Selzoff, 1931. |
Descrição física: | 141 p. ilus. |
Notas: | Registro Pré-MARC |
Assuntos: | Judas Iscariote. |
Classificação Dewey: Edição: | 225.92 |
Indicação do Catálogo: | 225.92/J92an7 |
Autor: | Tchecoff, Anton. |
Título / Barra de autoria: | O pavilhão nº 6.- |
Imprenta: | São Paulo [Bibliotheca de Auctores Russos] 1931. |
Descrição física: | 187p. il. |
Notas: | Português. |
Indicação do Catálogo: | VI-90,3,13 |
Autor: | Gorki, Maximo. |
Título / Barra de autoria: | Konovaloff.- |
Edição: | 2.ed.- |
Imprenta: | São Paulo [Bibliotheca de Auctores Russos] 1931. |
Descrição física: | 156p. |
Notas: | Português. |
Indicação do Catálogo: | VI-87,2,24 |
Autor: | Turguenieff, Ivan. |
Título / Barra de autoria: | Ninho de fidalgos. - |
Imprenta: | São Paulo Georges Selzoff 1932. |
Descrição física: | 184p.: il. |
Notas: | Português |
Indicação do Catálogo: | VI-88,4,31 |
Autor: | Lipschutz, Alexander, 1883 - |
Título / Barra de autoria: | Porque morremos. |
Imprenta: | São Paulo, Comp. ed. nacional, 1933. |
Descrição física: | 243 p. |
Notas: | Registro Pré-MARC |
Assuntos: | Morte - Causas. |
Entradas secundárias: | Meira, Georges trad. |
Classificação Dewey: Edição: | 577.7 |
Indicação do Catálogo: | 577.7/L767w7 |
Se hoje a tradução é motivo, entre nós, de estudos e debates, uma boa parte dessa seriedade em encarar o assunto se deve à postura e aos escritos do professor Paulo Rónai que, desde os anos 1950, nos veio edificando com obras fundamentais sobre a arte de traduzir, embora escritas numa linguagem corrente, sem o pedantismo dos compêndios didáticos e universitários.
Entre seus opúsculos de divulgação, avulta-se, sem dúvida, este Escola de tradutores que, lançado inicialmente em 1952, alcançou inúmeras edições ao longo do tempo, aprimorado com precisas revisões e a adição de novos capítulos. A presente edição da José Olympio traz aos leitores – tanto àqueles que têm na tradução o objeto de seu trabalho intelectual, quanto aos que intentam ilustrar-se nos meandros dessa atividade primordial – os fundamentos da arte de traduzir, não só hauridos nos mais prestigiosos comentaristas do gênero como nos ensinamentos que lhe advieram de suas próprias vivências. Paulo Rónai comenta aqui os paradigmas da tradução literária vis-à-vis à técnica, analisa exemplos de traduções de um mesmo texto elaboradas por tradutores diversos, apontando-lhes os acertos, os distanciamentos e mesmo as imprecisões. Seu estudo sobre as versões de um poema de Carlos Drummond de Andrade (“José”), apresentado em três línguas distintas (francês, alemão e inglês), permite-lhe abordar as sutilezas envolvidas na tradução poética e como os tradutores conseguiram escapar de certas armadilhas linguísticas e se adequar aos rigores da métrica.
Os ensinamentos de Paulo Rónai – como os que se encontram neste livro – concorreram para uma conscientização entre nós da importância do tradutor, seja adquirida pelo próprio, seja no que diz respeito aos agenciadores de seu trabalho, os editores. Os profissionais que se formaram nos ditames da escola de Rónai hoje encaram sua atividade com uma responsabilidade de quase autor, procurando por isso enfronhar-se o mais profundamente possível no sentido da obra e nas qualidades estilísticas de quem a escreveu. Os próprios leitores se preocupam agora em saber quem se incumbiu da tradução do livro que adquirem, certos de que um nome de abalizada capacidade representa um passaporte para a qualidade do produto adquirido. E os editores cada vez mais procuram selecionar e adequar seus colaboradores, cientes de que eles deixaram de ser os anônimos do passado para se tornarem um selo de qualidade do que expõem nas livrarias.
Ivo Barrosotradutor
4ª capa
Os ensinamentos de Paulo Rónai – como os que se encontram neste livro – concorreram para uma conscientização entre nós da importância do tradutor, seja adquirida pelo próprio, seja no que diz respeito aos agenciadores de seu trabalho, os editores.
Ivo Barroso
Teria gostado de compará-lo com os trabalhos de seus vários predecessores, mas só tive à mão, no momento, uma única versão em português, a de Paulo M. Oliveira, da Atena Editora (São Paulo, s.d.). O confronto dessa versão com a de Sérgio Milliet mostra que este, embora tenha aproveitado trechos inteiros do trabalho de seu antecessor, soube divergir dele quando a interpretação carecia de exatidão, clareza ou elegância. [destaque meu, db]bom, conheço esse trabalho de alterar um texto para melhorar a precisão, a clareza e o torneio de frase pelo nome de "revisão" ou "copidesque". quanto a "aproveitar trechos inteiros do trabalho de seu antecessor" sem dar a fonte nem os créditos correspondentes, em minha terra isso se chama "plágio".
Obras completas de Victor Hugo - Edameris, formato 14 x 20 cm, 44 volumes, 1957, vários tradutores
Títulos
1- Os miseráveis - Tomo I
2- Os miseráveis - Tomo II
3- Os miseráveis - Tomo III
4- Os miseráveis - Tomo IV
5- Os miseráveis - Tomo V
6- Os miseráveis - Tomo VI
7- Os miseráveis - Tomo VII
8- Nossa senhora de paris - Tomo I
9- Nossa senhora de paris - Tomo II
10- O homem que ri - Tomo I
11- O homem que ri - Tomo II
12- O homem que ri - Tomo III // Noventa e tres - Tomo I //
Noventa e tres - Tomo II
13- Noventa e tres - Tomo III
14- O arquipélago da mancha // Os trabalhadores do mar - Tomo I
15- Os trabalhadores do mar - Tomo II // O último dia de um condenado
16- Han da Islândia - Tomo I
17- Han da Islândia - Tomo II // O segundo bug-jargal
18- Napoleão, o pequeno
19- História de um crime
20- História de um crime // Paris
21- Coisas que eu vi - Tomo I
22- Coisas que eu vi - Tomo II
23- Coisas que eu vi - Tomo III // Literatura e filosofia entremeadas - Tomo I
24- Literatura e filosofia entremeadas - Tomo II // William Shakespeare - Tomo I
25- William Shakespeare - Tomo II // Victor Hugo narrado por uma testemunha de sua vida - Tomo I
26- Victor Hugo narrado por uma testemunha de sua vida - Tomo II
27- Victor Hugo narrado por uma testemunha de sua vida - Tomo III // Atos e palavras - Tomo I
28- Atos e palavras - Tomo II
29- Atos e palavras - Tomo III
30- Atos e palavras - Tomo IV
31- Atos e palavras - Tomo V // Pós-escrito de minha vida - Tomo I
32- Pós-escrito de minha vida - Tomo II // Em viagem - Tomo I
33- Em viagem - Tomo II
34- Em viagem - Tomo III
35- Em viagem - Tomo IV // Cartas à noiva - Tomo I
36- Correspondência - 1815-1882 - Tomo I
37- Correspondência - 1815-1882 - Tomo II // Teatro Hernani
38- Teatro: Marion de lorme // O rei se diverte // Lucrécia Bórgia
39- Teatro: Maria Tudor // Angelo // A esmeralda // Ruy Bras
40- Teatro: Os burgraves // Poesia: Odes e baladas - Tomo I
41- Poesia: Odes e baladas - Tomo II // As orientais // As orientais // Os cantos do crepúsculo
42- Poesia: As expiações // As vozes // Os raios e as sombras // As contemplações // Teatro em verso
43- Teatro em verso (continuação): A lenda dos séculos // Canções das ruas e dos bosques // O ano terrível // Os anos funestos // A arte de ser avô // O burro
44- Poesia: A piedade suprema // Religião e religiões // Toda a lira // Fim de satâ // Os quatro ventos do espírito // O papa // Poemas sobre Victor Hugo
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Autor: | Hugo, Victor, 1802-1885. |
Título / Barra de autoria: | Os miseráveis. |
Imprenta: | Rio de Janeiro, [Tecnoprint, 1968] |
Descrição física: | 2 v. il. |
Notas: | Registro Pré-MARC |
Autor: | Hugo, Victor, |
Título original: | Les miserables.Portugues |
Título / Barra de autoria: | Os miseraveis / Victor Hugo ; introducao, Carlos Heitor Cony ; traducao, Casimiro L. M. Fernandes. - |
Imprenta: | Rio de Janeiro : Tecnoprint, [1988?] |
Descrição física: | 714p. : il. ; 21cm. - |
Série: | (Colecao Universidade de bolso) |
Notas: | Ediouro. Traducao de: Les miserables. BNB 88/01 |
Autor: | Hugo, Victor, |
Título original: | Les miserables.Portugues |
Título / Barra de autoria: | Os miseraveis / Victor Hugo ; introducao, Carlos Heitor Cony ; traducao, Casimiro L. M. Fernandes. - |
Imprenta: | Rio de Janeiro : Ediouro, [1993]. |
Descrição física: | 714p. : il. ; 21cm. - |
Série: | (Classicos de bolso) |
Notas: | Traducao de: Les miserables. BNB 94/01 |