olá novamente, denise.encontrei a tradução original na qual a madras e a martin claret [parecem ter se inspirado]:
meditações : marco auréliotradução e prefácio de lucia miguel pereiralivraria josé olympio editôra, 1957
vale ressaltar que eu estava apenas fazendo um comparativo de qual seria a melhor tradução de meditações para a minha aula de filosofia, [...] mas o fato é que notei palavras antigas repetindo-se nas duas edições. achei coincidência demais, e como já conhecia o seu blog, resolvi te cutucar.a informação de jefferson maleski me parece justificar uma pesquisa específica sobre este caso. lúcia miguel-pereira é uma figura destacada de nossa história literária, e não se pode fazer tabula rasa de suas contribuições para a tradução no país. a editora madras já retirou a obra de seu catálogo, e em breve procederei a uma análise comparada entre a edição da josé olympio (lúcia miguel-pereira) e a da martin claret ("alex marins").
algumas das palavras que me levantaram a suspeita (fauces ao invés de faces e fumo ao invés de fumaça):
cap. 10, VIII
josé olympio - "...suplicam entretanto que os deixem viver até o dia seguinte, para serem entregues às mesmas garras e fauces."
martin claret - "...suplicam todavia que os deixem viver até o dia seguinte, para serem entregues às mesmas garras e fauces."
madras - "...porém suplicam que os deixem viver até o dia seguinte para serem entregues às mesmas garras e fauces."
cap. 10, XXXI
josé olympio - "Dêsse modo aprenderás a não ver nas coisas humanas senão fumo e nada..."
martin claret - "Aprenderás a não ver nas coisas humanas senão fumo e nada, dessa forma,..."
madras - "Aprenderás a ver nas coisas humanas apenas fumo e nada; dessa maneira,..."
pelos trechos acima pode-se ver que [...] as palavras chegaram até a sofrer alguma deturpação de sentido em comparação com a tradução original.
e pensar quantos compraram as edições da madras e martin claret pensando que eram traduções modernas, quando na verdade eram máscaras de uma de 1957!
ver também:
Eu tenho esse livro. Cheio de erros. É um atentado à língua portuguesa. Plagiado então...
ResponderExcluirDenise;
ResponderExcluirFico pensando. Esses caras não são só criminosos. São é chatos pra c@r%lho. Custa fazer direito? Preguiça e arrogância juntas não valem a refeição.
Que saco!
quaquá, verdadíssima, caro refrator! tem horas que não aguento mais, é uma chatice absurda! além do nojo, da revolta, da repugnância quase física, às vezes dá um tédio absolutamente mortal.
ResponderExcluirbota chatice nisso!
desculpem-me os que se sentirem mortalmente lesados em sua honra, com profundos danos morais e que pleiteiam quatrocentos e vinte mil reais por danos materiais e morais, mas caramba!, é de matar qualquer santo de paciência, é de fazer corar qualquer santo de vergonha...
ResponderExcluircaro refrator, quero criar um clubinho dos injuriados, topas? caríssimo, exclusivíssimo, mas pelamordideus essa gente já encheu demais, não?
ResponderExcluirUm absurdo.
ResponderExcluirDe qualquer forma, deixo a sugestão ao Jefferson: há uma tradução do Jaime Bruna, lançada pela Cultrix. É bem boa.
Denise;
ResponderExcluirse no clubinho tiver uma mesa de sinuca, cerveja de primeira (AMBEV NÂÂÂÂO!), rolando um Art Blakey ou Cartola (pras horas de boa melancolia); se tiver carteirinha com fotos comprometedoras dos associados, e expulsão sumária de quaisquer que atrasem a vida alheia, levanto o clubinho na mão e na porrada.
Em outras palavras: vamos, sim, fazer o nosso próprio Centro Acadêmico. Ai, pra hora da boa preguiça.
Falando em gente chata, li a matéria da Veja sobre um outro tópico, dos que me dóem nos calos. Te dou um docinho se advinhar qual, o que explica por que diabos eu vou fugir pr´Angola... O nível está baixando pra grave, se a metáfora musical me permite.
ResponderExcluirDanise, se puder fazer-me um favor, manda um e-mail para o distinto professor perguntando qual a opinião dele a respeito da melhor tradução de Meditações. Estou pesquisando isso, pois gostaria de ler o livro. Por isso vim parar no seu blog. Desculpe a minha topetudisse em te pedir isso, eu mesmo enviaria um e-mail a ele, mas acredito que você preferirá não passar, por óbvios motivos. Muito obrigado e parabéns pelo seu trabalho.
ResponderExcluirOi, também gostaria de ler as meditações em português, ao invés do inglês, mas está difícil encontrar uma boa tradução. Você teve sucesso em encontrar alguma?
ExcluirAndré, decidi, na época, comprar a tradução que saiu pela coleção Os Pensadores. Você encontra em muitos sebos a preços módicos. Infelizmente, não posso garantir que é uma boa tradução. Eu também daria uma olhada na versão da editora Cultrix, que já vi duas pessoas recomendarem.
ResponderExcluirOlá, J. A tradução publicada na coleção Os Pensadores é justamente a do Jaime Bruna, cedida pela Cultrix para essa coleção.
ExcluirSaiu, no final do ano passado, uma tradução do Edson Bini, pela EDIPRO.
ResponderExcluirBom dia! Vi que já faz algum tempo que falaram sobre, e estou a procura de um livro com boa tradução de meditações.
ResponderExcluirConsegue indicar?