
"prezados senhores:
lamento informar que sua edição 'acerca da verdade e da mentira', de nietzsche, em tradução de helga hoock quadrado, foi reproduzida literalmente no brasil, pela editora rideel, no entanto tomando para si o copyright e os direitos exclusivos sobre a referida tradução, atribuída a 'heloísa da graça burati'."
recebi a resposta:
"Estimada Denise Bottmann,
Agradecemos a informação que nos deu sobre o plágio cometido pela editora Rideel em relação a «Acerca da verdade e da mentira».Vamos de imediato averiguar a extensão desse abuso e exigir a necessária reparação em relação aos tradutores.
Os melhores cumprimentos,
Francisco Vasconcelos"
tomara que as editoras lesadas de lá tenham mais brios e demonstrem mais respeito por seus tradutores e leitores do que as editoras lesadas daqui, que, tirando o digno exemplo da l&pm, preferem, sabe-se lá por quê, enfiar a viola no saco e ficar caladinhas. outro fato curioso é que o proprietário da editora rideel faz parte da diretoria da câmara brasileira do livro, a principal entidade do livro no país... significará isso que a cbl compactua com tais práticas editoriais de associados e diretores seus? com a palavra a dona rideel e a dona cbl.
imagem: http://madteaparty.wordpress.com
Denise,
ResponderExcluirlembrei-me da Europa-América... a editora já te respondeu sobre a tradução de Persuasão de Isabel Sequeira?
não, infelizmente não, nem sobre o plágio de orgulho e preconceito pela martin claret.
ResponderExcluirestimada denise, seu trabalho protojornalístico é interessante, mas falta rigor no seu método. você faz afirmações bombásticas sem apurar completamente os fatos. com isso, expõe-se a processos. afirmações como "fulano de tal é diretor da cbl; portanto, a cbl endossa tais práticas" é leviana e perigosa. cuidado.
ResponderExcluiro que provavelmente acontece, nesses casos, é que uma editora cede os direitos de tradução para outra. mas aí vem a dúvida: o contrato do tradutor, apesar de ser de cessão definitiva de direitos, não prevê isso. "ah, troque o nome que ninguém vai perceber..." aí, inventaram a internet e... surgiu a denise.
fique bem.
Denise,
ResponderExcluiro comentário deste senhor Alberto é uma ameaça?
pois é, que esquisito! mas acusar as editoras cedentes é forte!
ResponderExcluirCaros amigos, prezada Denise,
ResponderExcluirNão fiz ameaça alguma! Agora querem ver conspiração em tudo?
Também sou tradutor, e estou interessado no desenrolar desses fatos.
E não acusei editora alguma. Apenas levantei uma hipótese que pode explicar alguns desses casos.
Quem é tradutor sabe que os contratos são de cessão de direitos. Portanto os tradutores dessas obras não teriam mais nada a receber. Por que, então, roubar-lhe o crédito, não é mesmo?
sr. alberto, agradeço suas contribuições. quanto ao papel das editoras cedentes sugerido pelo sr., recomendo que encaminhe suas dúvidas às entidades de sua categoria. o nãogostodeplágio se solidariza com a família e/ou a pessoa dos tradutores lesados, e trata do problema das fraudes editoriais sobretudo do ponto de vista da história do livro na formação cultural do país e dos direitos do cidadão leitor. para quaisquer outros detalhes sobre a legislação autoral, sugiro que o sr. consulte os portais do governo e os debates do minc.
ResponderExcluirTalvez o senhor Alberto não se sentisse lesado ao ver uma de suas traduções publicada por outra editora, e na pagineta de créditos a fofice: "Tradução: Eleonora das Couves".
ResponderExcluirReceber por um trabalho e ceder direitos é uma coisa. Ter a autoria adulterada é outra.